Artigo: oscilação das taxas cambiais

11/05/2023

O regime cambial brasileiro opera por meio do câmbio flutuante, no qual as cotações das moedas flutuam com liberdade conforme a oferta e a demanda do mercado, passando por menos ingerência direta do Governo. Assim, fatores como taxas de importação e exportação; políticas monetárias; taxas de juros internas e externas; inflação; nível de investimentos estrangeiros e até fluxos turísticos influenciam na cotação diária da taxa cambial.

Em casos extremos, de modo a evitar oscilações muito bruscas de cotação, o Banco Central pode intervir comprando ou vendendo moedas, objetivando manter a estabilidade do mercado. Trata-se do regime utilizado por muitos países desenvolvidos e com economias estáveis.

Oscilação da taxa de juros
Conforme mencionado, há um conjunto de fatores que influenciam a taxa de câmbio. Veja como a oscilação das taxas de juros impactam o mercado:

Quando as taxas de juros estão elevadas, há uma tendência a atrair capital especulativo para o país, aumentando a migração de moeda estrangeira para o mercado interno. Isso pode influenciar a taxa cambial, elevando sua oferta e impactando na baixa da cotação cambial.

Já no período em que as taxas de juros estão em baixa, principalmente em países emergentes, elas podem levar investidores a retirar seu capital do país, reduzindo a oferta da moeda e impactando na elevação da cotação.

Cabe destacar que empresas que importam insumos e matérias-primas e/ou exportam produtos devem ter uma enorme atenção com as taxas cambiais. Taxas cambiais desvalorizadas tendem a incentivar as exportações, ao passo que uma taxa cambial valorizada tem o impacto inverso (acaba freando as exportações).

*Contribuiu Rogério Tolfo, economista consultor do Sindmóveis